domingo, 29 de dezembro de 2013

Revolta na Murtosa, contra o defeso na pesca e na apanha do moliço (1913)


Por regulamento datado de 28 de Dezembro de 1912, estava na ria de Aveiro proibida durante quatro meses do ano, entre Março e Junho, a pesca com rede miúda e a apanha de moliço. A proibição visava defender a vegetação da ria e proteger a fecundação, desenvolvimento e criação dos peixes[1]. Porém a necessidade de tão apertada regulamentação era discutida, por se apontarem outras causas para a escassez de recursos da ria, designadamente as minas de arsénico de Nogueira do Cravo, que havia 15 anos matavam todo o peixe no percurso dos rios Ul e Antuã[2]. Em qualquer caso, ficava impedido de ganhar o seu sustento e o de sua família, durante quatro longos meses, um número de homens que um jornal local estimou ser de 4 mil[3], principalmente nas freguesias da Murtosa, Bunheiro e Pardilhó[4]. Os visados vinham reclamando da sua sorte, e com eles se solidarizava com frequência a imprensa local e regional. Porque não existiam nem se compreenderiam à época os apoios sociais do Estado, só uma alternativa de trabalho poderia atalhar a fome dos pescadores, moliceiros e suas famílias durante os meses de defeso. Nesse sentido, a certa altura circulou o boato do governo ir abrir serviços públicos na Barra de Aveiro, garantindo às duas classes ganha-pão nesses meses[5]. Fosse como fosse, o tempo passava e acabou por ser atingido o ponto de ruptura, com uma sublevação popular que durou três dias, entre 20 e 23 de Abril de 1913.

DOMINGO, 20 DE ABRIL

Durante a madrugada de Domingo, 20 de Abril de 1913[6], cerca das 2h00 ou 3h00, «começavam a juntar-se, na praça de Pardelhas, grupos de homens fazendo alarido»[7], pescadores e moliceiros em grande número, que se sentiam prejudicados pelo regulamento que os impedia de trabalhar na ria[8]. Os revoltosos não permitiram a realização do mercado diário de Pardelhas e obrigaram o comércio local a permanecer encerrado[9], estando armados de paus[10]. Para além do mais assaltaram as padarias e os vendedores de queijo, que distribuíram entre si e seus filhos[11]. O terem feito tocar o sino a rebate na capela de S. Lourenço[12], onde aliás não se pôde realizar missa[13], contribuiu para que aumentasse o número de pessoas concentrado na praça de Pardelhas, que se estimou em número superior a 3 mil[14]. O comércio local manteve-se fechado, e os principais comerciantes reunidos em comissão permanente[15].

Devido a estes acontecimentos o telégrafo começou a trabalhar muito cedo[16], permitindo informar as autoridades do que sucedia. O administrador do concelho de Estarreja requisitou para Aveiro (e o governador civil anuiu), além da polícia, uma força militar de infantaria (comandada por um tenente) e outra de cavalaria (sob o comando de um capitão)[17]. Desembarcaram na estação do caminho-de-ferro de Estarreja, às 11h20, 35 praças de infantaria, que logo partiram para Pardelhas. Às 14h20 chegaram 59 homens da cavalaria, que se foram juntar à infantaria[18]. A cavalaria e a infantaria chegaram à praça de Pardelhas às 16h00[19]. Acto contínuo, o povo fez «tocar os sinos a rebate, conseguindo grande ajuntamento de populares, que receberam os militares com vivas ao exército, à pátria e à república»[20], sem que houvesse atritos com a autoridade, mas tão só lamentações populares pelas suas dificuldades.

Entretanto, uma comissão de comerciantes de Pardelhas (e três membros da Junta de Freguesia da Murtosa) reuniu-se nessa mesma tarde em Estarreja com o governador civil de Aveiro, Dr. Alberto Vidal (por sinal oriundo de Salreu), que havia acompanhado os militares até à sede do concelho. Nessa reunião o governador civil afirmou que, a seu pedido, se ordenara a realização de obras na Barra de Aveiro, a fim de dar emprego aos pescadores e moliceiros na época de defeso. Do lado da comissão de comerciantes foi sugerido que se realizassem trabalhos dentro da Murtosa, designadamente a abertura de um esteiro que prolongasse a ribeira de Pardelhas até às proximidades do centro da povoação, assim como um cais acostável na Torreira. A proposta obteve acolhimento por parte do governador civil, e a comissão de comerciantes comprometeu-se a abrir todo o comércio de Pardelhas no dia seguinte[21].

Prometidas providências pelas partes e serenados os ânimos, o governador civil foi já de noite a Pardelhas[22], onde verificou reinar o sossego e, por isso, ordenou a retirada de parte dos militares que ali se encontravam, concretamente 34 praças de cavalaria[23].

SEGUNDA-FEIRA, 21 DE ABRIL

Na segunda-feira de madrugada voltaram a tocar os sinos a rebate, juntando-se ainda mais gente na praça de Pardelhas, que manteve uma atitude ordeira[24], mas impedindo a abertura do mercado e dos estabelecimentos comerciais, bem como das escolas[25]. Por essa razão mais tropa de cavalaria e o batalhão de infantaria aquartelado em Ovar foram a Pardelhas[26], sendo aí mais uma vez recebidos com vivas à pátria, ao exército e à república, não se registando atritos significativos[27].

Telegrafaram os comerciantes ao governador civil, que chegou a Pardelhas cerca das 11h00, reunindo na estação telégrafo-postal com uma comissão de comerciantes e alguns pescadores e moliceiros. Terá o governador civil afirmado nessa reunião que viera a Pardelhas sem receio, e para o mostrar entrara na localidade em carro destapado para ser bem visto. Depois falou o governador civil à multidão, da varanda da estação telégrafo-postal, que era próxima da Praça de Pardelhas. Pediu ordem à população, e prometeu empenhar-se junto do governo para que fossem financiadas obras na freguesia, que permitissem o emprego e subsistência da população nos meses de defeso. Seguiram-se discursos apoiando o antecedente por parte do Pe. Rodrigues Luiz Tavares e do alferes de cavalaria Guimarães. Em resposta a estas palavras o povo, não convencido, gritou exigindo a liberdade de trabalho na ria de Aveiro, para que pudesse ganhar o seu sustento. Acabariam por serenar os ânimos e voltar para Estarreja o governador civil[28].

TERÇA-FEIRA, 22 DE ABRIL

Começou a terça-feira igual ao dia anterior, com o tocar dos sinos a rebate, e os pescadores e moliceiros mantendo o mercado, comércio e escolas encerrados, mas dando vivas à república e ao exército, presentes na cavalaria e infantaria vindas de Aveiro[29]. As forças militares presentes procuraram dispersar os manifestantes, para que o mercado abrisse ao público[30], mas a situação acabou por agravar-se em relação aos dias anteriores. Alguns populares terão atirado pedras aos militares[31], o que provocou uma carga da cavalaria sobre os manifestantes[32] e disparos dos militares para o ar[33], fazendo com que o povo se assustasse e fugisse, gritando, em todas as direcções[34]. Terão ficado feridas 5 pessoas[35].

Restabelecida a paz, fizeram-se várias detenções, sendo a maioria dos detidos enviados para Aveiro, e alguns seguiram para a cadeia de Estarreja[36], parece que 11, acompanhados por praças de cavalaria[37]. O Jornal de Estarreja visitou nesse dia a Murtosa, presenciando forças militares por toda a freguesia, e tendo afirmado nas suas colunas que «à hora em que estivemos na Murtosa, grupos de presos seguiam entre soldados para bordo da lancha, que os conduzia à capitania, enquanto mais uma força de infantaria chegava»[38].

Novamente o governador civil deslocou-se a Pardelhas, reunindo com uma comissão de comerciantes no edifício da estação telégrafo-postal. Ficou acordado que os estabelecimentos comerciais abrissem às 13h00, como de facto veio a suceder, e prometeu o governador civil ao povo providências, da varanda do edifício, fosse por via da alteração do regulamento que impunha o defeso, ou pela abertura de obras públicas na freguesia[39], deste modo criando emprego. As casas comerciais mantiveram-se abertas sob protecção dos militares, e com patrulhas de cavalaria[40].

Durante estes acontecimentos estiveram em Pardelhas forças de cavalaria e infantaria de Aveiro, às quais se juntou na terça-feira um batalhão de infantaria que veio de Ovar[41]. Calculou-se terem estado mobilizados mais de 500 homens desde o domingo, entre praças de infantaria, cavalaria, marinha e guarda fiscal[42]. O ministro da Guerra, que havia visitado Ovar para passar revista ao batalhão ali aquartelado, mas que entretanto seguira para Pardelhas, foi ao seu encontro com o respectivo estado-maior em dois automóveis, regressando depois a Estarreja, em cuja praça este batalhão fez exercício[43]. Serenado o conflito e a tensão do momento, as tropas retiraram da Murtosa[44].

PÓS-REVOLTA

Depois do dia do conflito, na quarta e na quinta-feira Pardelhas manteve-se em relativa tranquilidade[45]. Os comerciantes da Murtosa distribuíram na freguesia um manifesto, transcrito por O Jornal de Estarreja, solidarizando-se com os manifestantes e dando conta de que o governo civil procuraria mover influência junto do governo, para que fossem abertas obras públicas na Murtosa, pelo que se apelava à serenidade por alguns dias[46]. Os jornais da região, de Lisboa e alguns de outras regiões continuaram a fazer eco das dificuldades dos pescadores e moliceiros, solidarizando-se com os mesmos[47]. E as sensibilidades politicas procuraram interpretações a seu modo. Foi Afonso Costa, chefe do governo, que declarou no parlamento que havia padres envolvidos no protesto, e este ocorrera em momento inoportuno[48]. Foi também um jornal da região que, compreendendo os manifestantes, declarou que o regulamento que impunha o defeso pertencia à monarquia, e nunca antes fora posto em vigor[49].

Na quinta-feira 24 de Abril ainda se fizeram detenções, e os detidos em Aveiro na capitania foram transferidos para a cadeia. Dos 13 homens da Murtosa detidos na cadeia de Aveiro, dois foram transferidos para a de Estarreja, a requerimento das autoridades daqui, juntando-se a outros que já aqui se encontravam. Por causa dos que permaneciam detidos em Aveiro, «pela cidade vagueiam alguns grupos de mulheres dos presos, filhos e outros parentes, embrulhados nas suas negras saias de serguilhas, lacrimejando e lamentando-se se algum estranho lhe dirige a palavra»[50]. No início de Maio de 1913 a maioria dos detidos tinha já sido posta em liberdade[51], constando que 21 deles teriam sido pronunciados[52] pelo crime de rebelião[53]. A 4 de Maio dirigiu-se a Aveiro uma comissão de comerciantes a fim de pedir ao governador civil benevolência para os detidos[54]. Fizeram-se os competentes relatórios na capitania sobre os acontecimentos em Pardelhas[55] e, terminado o inquérito, concluiu-se não terem havido cabecilhas nem segundas intenções por parte dos revoltosos[56].

A revolta trouxe os frutos que a passividade não garantia. No rescaldo dos acontecimentos, no final do mês de Abril, os jornais noticiavam a abertura de obras na Murtosa, e concretamente na ribeira de Pardelhas, ainda nesse mês, empregando os pescadores e moliceiros[57]. Em 30 de Abril a maioria dos comerciantes da Murtosa deslocou-se a Aveiro, a agradecer ao governador civil o subsídio concedido para as obras na ribeira de Pardelhas, que empregaram quase todos os moliceiros e pescadores locais[58]. Entre o fim de Abril e o início de Maio iniciaram-se as obras, com a abertura e desobstrução do esteiro de Pardelhas e alguns canais, por conta do Estado, empregando centenas de homens (talvez perto de 300), benefício que se atribuía à intercessão junto do governo por parte do governador civil, Dr. Alberto Vidal[59].

Entretanto os 4 meses de defeso anual terminariam em 24 de Junho, publicando o capitão do porto de Aveiro (Silvério Ribeiro da Rocha e Cunha) o edital que o anunciava, datado de 11 de Junho, e que um jornal local transcreveu[60]. A partir de então, e até à época de defeso do ano seguinte, quem possuísse licença podia apanhar moliço ou pescar, com redes Mugeira, Chinchorro, Garatêa, Chinchas e Fisgas (malha superior). Todos os tripulantes de barcos moliceiros, de pesca, de transporte, ervas ou junco, estavam obrigados a ter cédula de inscrição marítima.

NOVOS ATRITOS

Durante o mês de Maio de 1913 terão ocorrido pelo menos dois episódios de certa tensão, e que de algum modo podem ser considerados réplicas dos acontecimentos de entre 20 e 22 de Abril.

Nem todos os moliceiros e pescadores inactivos foram empregues nas obras da ribeira de Pardelhas, o que originou novos atritos. Num dos casos, uma lancha a vapor da fiscalização surpreendeu 6 barcos na apanha do moliço, a 11 de Maio (domingo). Os tripulantes fugiram e encalharam os barcos, no lugar do Carregal Velho, enlameando os números para não serem apanhados, acabando por evadirem-se insultando os marinheiros. Avisada a capitania, enviou ao local mais lanchas, com uma força comandada por um sargento, que desembarcou e recolheu os números dos barcos. Apareceram no local particulares, opondo-se à fiscalização, e envolvendo-se as duas partes numa luta, em que inclusive foi partida uma carabina[61].

Noutra versão da mesma história, na madrugada de domingo, 11 de Maio, dois pardilhoenses dirigiam-se a Ovar de moliceiro (Manuel Lopes Conde e Daniel Lopes Venâncio) «conduzindo no seu barco algumas mulheres daqui que no mercado daquela vila iam fazer o seu negocio»[62]. Perto do lugar da Moita foram encontrados por duas lanchas da capitania tripuladas por 16 fiscais. Porque o moliceiro em que seguiam os populares não estava numerado, os fiscais deram ordem para que a vela fosse arreada, preparando-se para apreender a embarcação. Os populares aproximaram-se de uma margem, provocando um rombo no fundo do moliceiro, que o inundou e impediu a continuação da viagem. Saltaram para terra e fugiram com a vela, sendo perseguidos pelos fiscais, que os apanharam e espancaram, com os seus sabres e carabinas, resultando partida uma carabina nas costas de um dos fugitivos. A vela acabou apreendida, e os agredidos apresentaram queixa às autoridades em Ovar[63].

Também no dia 11 de Maio (domingo), cerca das 10h00, quando um cabo de marinha chamado Eduardo, da capitania do porto de Aveiro, de dirigia à casa do cabo do mar Luiz Carneiro da Silva Júnior, no Ribeiro da Murtosa, apercebeu-se ao entrar no pátio da casa de dois indivíduos nas proximidades. Um deles aproximou-se do cabo, disparando dois tiros de revólver, porém não conseguindo atingir a vítima, que de imediato disparou do mesmo modo dois tiros com a sua pistola automática, igualmente sem acertar no seu agressor. Fugiram o companheiro e o agressor, este perseguido pelo cabo e por José da Encarnação Rendeiro, que por acaso ali passava. Apanhado e desarmado o agressor, chorou muito e pediu perdão, alegando que os disparos não se destinavam ao cabo, e sendo deixado em liberdade com a condição de se apresentar no dia seguinte na casa do cabo do mar. Contudo no dia seguinte foi para o seu serviço de mercantel, em vez de se apresentar. Na terça-feira foi preso perto da Ponte da Rata, quando subia o Vouga no seu barco, e conduzido à capitania, onde foi interrogado, recolhendo depois à cadeia de Aveiro, aí aguardando julgamento. Constou entre o povo da Murtosa que a motivo do episódio foi o defeso na pesca e apanha do moliço, que causou má disposição popular contra o cabo do mar, por excesso de zelo nas suas atribuições[64].

A vida na ria continuou arriscada, com os marinheiros da capitania perseguindo e disparando a matar, contra os moliceiros e pescadores que incumpriam o regulamento[65]. Privados do seu único ganha-pão, muitos pescadores da Murtosa viriam a engrossar uma onda migratória, ao tempo destinada ao Brasil.




[1] Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1.
[2] O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 1; JE, n.º 1340, 1.5.1913, p. 2. No mesmo sentido, mas com referência de há mais de 20 anos a poluição matar o peixe, O Jornal de Estarreja, n.º 1437, 21.3.1915, p. 1.
[3] O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1.
[4] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3; CA, n.º 164, 4.5.1913, p. 2.
[5] O Concelho de Estarreja, n.º 600, 12.4.1913, p. 2.
[6] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 1.
[7] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[8] O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, pp. 1 e 2; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1.
[9] O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 2; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; Campeão das Províncias, n.º 6255, 23.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Comércio do Porto, 22.4.1913, p. 4.
[10] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[11] Campeão das Províncias, n.º 6255, 23.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Comércio do Porto, 22.4.1913, p. 4.
[12] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1.
[13] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[14] Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1.
[15] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Comércio do Porto, 22.4.1913, p. 4; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[16] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[17] Campeão das Províncias, n.º 6255, 23.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Comércio do Porto, 22.4.1913, p. 4; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[18] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[19] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[20] O Comércio do Porto, 22.4.1913, p. 4. No mesmo sentido, Campeão das Províncias, n.º 6255, 23.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[21] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[22] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[23] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[24] O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[25] O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[26] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[27] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[28] Para este parágrafo ver Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3, principalmente. Ver também: Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[29] O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[30] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[31] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; CE, n.º 603, 3.5.1913, p. 1; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[32] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1.
[33] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1; CE, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[34] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[35] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1.
[36] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1; S, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3; O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[37] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[38] O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 1.
[39] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[40] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1241, 26.4.1913, p. 1.
[41] O Século, n.º 11266, 23.4.1913, p. 1; O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 2; O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1.
[42] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento.
[43] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[44] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[45] O Futuro de Estarreja, n.º 46, 24.4.1913, p. 2.
[46] O Jornal de Estarreja, n.º 1339, 26.4.1913, p. 1; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[47] O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, pp. 2 e 3; O Povo da Murtosa, n.º 398, 3.5.1913, p. 2.
[48] O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 1.
[49] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento.
[50] Comércio do Porto, 26.4.1913, p. 1.
[51] Correio de Aveiro, n.º 164, 4.5.1913, p. 1; O Povo da Murtosa, n.º 398, 3.5.1913, pp. 1 e 2.
[52] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[53] Campeão das Províncias, n.º 6258, 3.5.1913, p. 1; Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[54] Os Successos, n.º 1242, 3.5.1913, pp. 2-3.
[55] Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento.
[56] Correio de Aveiro, n.º 166, 18.5.1913, p. 1.
[57] O Comércio do Porto, 30.4.1913, p. 1; Campeão das Províncias, n.º 6257, 31.4.1913, p. 1; Correio de Aveiro, n.º 163, 27.4.1913, pp. 1-3 e suplemento; O Concelho de Estarreja, n.º 602, 26.4.1913, pp. 2-3.
[58] O Povo da Murtosa, n.º 398, 3.5.1913, p. 2.
[59] Os Successos, n.º 1243, 10.5.1913, p. 1; O Concelho de Estarreja, n.º 603, 3.5.1913, p. 3; O Povo da Murtosa, n.º 398, 3.5.1913, p. 1; PM, n.º 400, 17.5.1913, p. 1.
[60] O Concelho de Estarreja, n.º 610, 21.6.1913, p. 3.
[61] Os Successos, n.º 1244, 17.5.1913, p. 2 (principalmente); O Jornal de Estarreja, n.º 1342, 18.5.1913, p. 2.
[62] O Concelho de Estarreja, n.º 605, 17.5.1913, pp. 2-3.
[63] O Concelho de Estarreja, n.º 605, 17.5.1913, pp. 2-3 (principalmente); O Concelho de Estarreja, n.º 606, 24.5.1913, p. 3 (e número anterior); há mais referências, consideradas menos precisas, no Século e na Pátria (Ovar). Outra versão no Campeão das Províncias, n.º 6161, 14.5.1913, p. 1.
[64] O Povo da Murtosa, n.º 400, 17.5.1913, p. 2.
[65] Um exemplo em EGAS MONIZ, A Nossa Casa, 3.ª ed., Câmara Municipal de Estarreja, 2001, pp. 138, 140. Outro em VILAR, Jaime, Histórias Por Contar, Câmara Municipal da Murtosa, 1989, pp. 17-20. Numa notícia de 1929, um marinheiro do posto do Chegado (Murtosa) disparou contra um pescador, matando-o instantaneamente – O Jornal de Estarreja, n.º 2129, 10.2.1929, p. 1.


In “Revoltas populares em Estarreja e Murtosa”, Terras de Antuã, Câmara Municipal de Estarreja, VII, 2013, pp. 81-94.

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